O Tesouro da Eucaristia: o Milagre que faltava a minha Fé (Meu Testemunho: Parte XI)

Patrícia Castro

7/28/20253 min read

O Coração da Fé: Minha Descoberta da Eucaristia e o Mistério da Santa Missa

Hoje, durante a Santa Missa, enquanto o sacerdote consagrava o pão e o vinho, transformando-os no Corpo e Sangue de Nosso Senhor Jesus Cristo, uma profunda gratidão tomou conta do meu coração. Pensei nos muitos anos em que, como membro de uma denominação protestante — especialmente durante os 28 que vivi nesse caminho — desconhecia o tesouro inestimável que estava perdendo: a participação no mistério central da fé cristã.

A beleza da Santa Missa vai muito além do que os olhos podem ver ou os ouvidos podem ouvir. E embora muitos julguem que um pastor protestante, com seus dons oratórios, possa parecer mais envolvente que um sacerdote católico, a verdade é que a grandeza da Missa não está na eloquência do pregador, mas no Mistério que se realiza sobre o altar. Porque é pelas mãos consagradas de um sacerdote validamente ordenado — por bispos em sucessão apostólica — que o próprio Cristo se torna presente, real e substancialmente, sob as espécies do pão e do vinho. É através deles que recebemos o dom mais sublime: a união íntima e transformadora com o Senhor na Eucaristia.

A Eucaristia: O Cume da Vida Cristã

Muitos irmãos protestantes costumam apontar as imagens, a veneração dos santos ou a devoção a Nossa Senhora como os principais diferenciais da fé católica. No entanto, ao longo da minha jornada espiritual, compreendi que o ponto mais alto de nossa fé não está em nenhum desses elementos — por mais belos e valiosos que sejam —, mas sim na Eucaristia.

Somente os católicos possuem a graça singular de comungar verdadeiramente o Cristo inteiro: Corpo, Sangue, Alma e Divindade. Essa união não é simbólica, nem meramente espiritual — ela é real, sacramental, tangível. E só acontece quando a alma está em estado de graça, purificada pela confissão sincera e pelo arrependimento dos pecados. É um chamado à conversão, à santidade, à vida vivida na presença amorosa de Deus.

Mais do que Memória: A Presença Real

Caros amigos protestantes, digo com carinho e respeito: aquilo que se celebra nas comunidades evangélicas como Ceia do Senhor, geralmente uma vez por mês, é um rito memorial — uma recordação da Última Ceia, não se pretende como presença real.

Na Santa Missa, porém, vivemos algo infinitamente maior. No momento da Consagração, o próprio Cristo se faz presente — não metaforicamente, mas sacramentalmente — por meio da Transubstanciação. A substância do pão e do vinho é transformada na substância do Corpo e do Sangue de Jesus, embora as aparências continuem as mesmas. Isso não é uma invenção medieval nem uma fantasia litúrgica: é um mistério instituído por Cristo, perpetuado pelos apóstolos e guardado fielmente por dois mil anos.

E o sacerdote que realiza esse milagre age em persona Christi — não como um representante humano, mas como instrumento direto da ação divina.

Milagres Eucarísticos: Quando Deus Dá Testemunho

E se ainda houver dúvida, basta olhar para os milagres eucarísticos que pontuam a história da Igreja. Houve casos em que sacerdotes, tomados pela incredulidade, viram a Hóstia consagrada sangrar ou se transformar visivelmente em carne.

Relíquias como as de Lanciano, Siena, Buenos Aires e tantos outros lugares foram analisadas por cientistas renomados — muitos deles descrentes — e revelaram resultados impressionantes. Detectaram sangue humano do tipo AB (o mesmo do Sudário de Turim), pertencente a tecido cardíaco de uma pessoa que sofreu intensamente. Corações humanos, cientificamente examinados, atestando o milagre que a fé professa: é o Coração de Cristo que pulsa em cada altar.

Esses milagres são sinais. Deus, que respeita nossa liberdade e inteligência, nos concede testemunhos visíveis do que acontece invisivelmente em cada Missa. Ele continua dizendo: “Isto é o meu Corpo... Isto é o meu Sangue.”

Um Convite à Adoração

Toda Santa Missa é um reencontro com o Calvário, onde o mesmo Cristo, com o mesmo amor, se entrega por nós. E toda Eucaristia recebida é comunhão com esse sacrifício. Como não sentir gratidão? Como não desejar que o mundo inteiro conheça esse dom?

Nada se compara ao valor da Santa Missa. Não há emoção efêmera, louvor superficial ou pregação, por mais inspiradora que seja, que possa verdadeiramente substituir o mistério inesgotável que ali se desvela. Na Missa, o próprio Céu toca a terra, Deus digna-Se a fazer-Se alimento para a nossa alma faminta. Recordo-me que, no Antigo Testamento, Deus fazia chover o Maná dos céus para sustentar fisicamente o povo judeu no deserto. Agora, na Nova e Eterna Aliança, Ele realiza um milagre infinitamente maior: transforma pão e vinho em Seu Corpo e Sangue preciosos, para nutrir nossa alma e nos conformar cada vez mais à Sua imagem e semelhança. É o alimento de vida eterna que nos capacita a viver para Ele."

Esse é o coração da fé. Esse é o Cristo vivo que me encontrou e continua a me transformar — a cada Santa Missa, a cada Eucaristia.